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Ministério dos Evangelistas Daniel Kolenda e Reinhard Bonnke.
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CfaN Latin America
Cristo para Todas as Nações
"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." Ap 3:20 a 22
Algumas coisas incomuns neste verso me chamam a atenção. O Senhor nos está pedindo que O convidemos, quando normalmente é Ele quem convida ou pelo menos é isso que esperamos que aconteça. Mas o mais importante é a condição ai existente: “se alguém ouvir”. A passagem da qual este verso é tirado lembra esta condição: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. A oferta é para “todos” , ou seja, para você e para mim. O Senhor está esperando que O convidemos a entrar, e a única condição é de que ouçamos quando Ele estiver batendo...e deixemos que Ele entre.
Neste caso em particular, o Senhor está se dirigindo aos crentes da igreja de Laodicéia (a Turquia dos dias de hoje), e não para os de fora. Ao que tudo indica existem dois tipos de Cristãos: aqueles que se abrem para Jesus e os que não se abrem. Não gostamos de pensar em dois tipos de Cristianismo, mas tem uma real diferenca entre os que O desprezam e aqueles que O recebem. Os que não abrem a porta quando Ele bate são o tipo de Cristãos que Cristo chama de “mornos”. Ele adverte que Ele vai vomitá-los da Sua boca (Apocalipse 3:16).
Eu comecei a pensar porque o Senhor disse: “Cearei com ele e ele comigo”. Será que comer com o Senhor era o mesmo que o Senhor comendo conosco? Se fosse, porque colocar desta forma? Me parece que há uma troca de papéis. Em primeiro lugar, somos os anfitriões e Ele é o convidado e em segundo Ele é o anfitrião e nós somos os convidados; dois assentos diferentes em duas mesas diferentes.
O Senhor é o Nosso Convidado
Vamos dar uma olhada no primeiro cenário: Nós O servimos como anfitriões e Ele é nosso convidado. Um exemplo muito literal disto pode ser encontrado em Gênesis 18 onde Abraão convida ao Senhor para uma refeição. O relato começa assim: “Depois apareceu o Senhor a Abraão... Levantando Abraão os olhos, olhou e eis três homens de pé em frente dele. Quando os viu, correu da porta da tenda ao seu encontro, e prostrou-se em terra, e disse: Meu Senhor,...não passes de teu servo”. (vrs. 1-3).
Se talvez eu devagar por um momento, essa aparência de Deus seria muito estranha: Abraão se dirigiu aos três homens como se eles fossem uma única pessoa. Então, pediu a eles que esperassem enquanto preparava a refeição. Demoraria horas no verdadeiro estilo ocidental, mas aquilo não os preocupava. Abraão matou e cozinhou o bezerro mais gordo e Sara assou alguns pães enquanto seu marido foi trazer leite e coalhada. Levou algum tempo, mas o Senhor é um Deus paciente!
A refeição foi servida, mas Abraão não comeu com eles. Os três homens eram seus convidados e ele lhes prestou o maior respeito, chamando-os de Senhor. Eles mostraram sua grandeza recompensando-o com a promessa de um filho.
Preparar Refeição para Estranhos?
Outro homem a preparar comida para um estranho que estava passando foi Manoá, o pai de Sansão (Juizes 13). Um dia, um “impressionante” ser apareceu na sua casa com informação sobre o filho que Manoá e sua esposa teriam. Em um gesto de verdadeira hospitalidade, Manoá matou um cabrito novo para preparar uma refeição adequada e isto se tornou oferta a Deus. Como Abraão e Sara, que desistiram do sonho de ter um filho, o “anjo” prometeu a Manoá e sua esposa um filho, Sansão.
Os sacrifícios feitos nos altares de Israel eram descritos como “alimento de Deus”: “Sacerdotes serão santos para seu Deus, ...porque oferecem as ofertas queimadas do senhor, que são o pão do seu Deus;...” (Levíticos 21:6). Verdade, Deus não comeu a oferta deles, mas aceitou-as quando eram dignas Dele, como vemos na estória de Manoá e sua esposa. Quando estas ofertas se tornaram mero rito religioso oferecido por homens que quase não tinham decência moral, Deus sentiu náuseas. Ele disse: “Se eu tivesse fome, não to diria pois meu é o mundo e a sua plenitude. Comerei eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes? (Salmos 50: 12-13).
Pensemos Juntos
O Senhor transforma o que é oferecido a Ele em algo para nós. Nos tempos do Velho Testamento as pessoas traziam seus dízimos e ofertas de grãos e rebanho ao templo e então comiam seus dízimos diante do Senhor. Isto tem repercussão em Isaías 1:11-19: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios?” diz o Senhor. “Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma as aborrece; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal; Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor:” diz o Senhor. “...ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã. Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra.”
Jeremias também adverte a Israel e a nós. Em 14:12 ele diz: “Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor, e quando oferecerem holocaustos e oblações, não me agradarei deles; antes eu os consumirei pela espada, e pela fome e pela peste”. A menos que Lhe ofereçamos algo que O satisfaça, vamos continuar vazios e famintos espiritualmente.
O Que Devemos Trazer a Ele?
Porque há alguns Cristãos infelizes e secos embora estejam sempre orando e pedindo a Deus todo tipo de coisas? A resposta é de que eles querem tudo, mas não querem dar nada. São mesquinhos com relação ao dinheiro, muito precisos e exatos com seu louvor e adoração, com o uso do tempo e tudo mais, mas espansivos com o seu amor. Entretanto, se você quiser receber, então dê! Como com Ele e Ele vai comer com você.
Somente podemos ceiar com o Santo Deus quando Ele puder se alegrar com o que Lhe oferecemos. Israel teve que observar os regulamentos mais escrupulosos quando ofereciam “a ceia ao seu Deus”, mas seus sacrifícios continuavam sem valor, e o motivo é porque eles não eram escrupulosos com suas vidas e caráter.
Jesus disse em Mateus 23:24 que eles espantavam os mosquitos ( nos seus ritos religiososs), mas engoliam camelos – em suas hipócritas vidas!
Deus quer o que Lhe oferecemos, então que devemos trazer a Ele? Se Jesus viesse pessoalmente à sua casa, o que você colocaria na mesa? Felizmente os Evangelhos estão cheios de exemplos de Jesus visitando casas de muitas pessoas, como por exemplo Marta e Maria, Zaqueu, Levi e outros.
Você Está Fazendo “O Que é Melhor?”
Veja Marta, por exemplo. Ela estava ansiosa demais por causa da comida que ela estava preparando, se preocupando para que tudo estivesse certo. Jesus disse que ela estava “inquieta e preocupada com muitas coisas”(Lucas 10:41). Uma mesa oriental jamais satisfaria ao anfitrião até que estivesse completamente coberta com boa comida. A tarefa era gigantesca e Marta sentiu que ela estava fazendo mais do que sua parte no trabalho, enquanto Maria não fazia nada. É claro que isto era injusto, e Marta, sabendo que Jesus se posicionava pelo que era justo e certo, pediu a Ele que dissesse para Maria ajudar. Para sua surpresa, Jesus não a apoiou, dizendo que Maria estava fazendo “o que era melhor”, que era estar ouvindo a Ele (Lucas 10:42). Ela estava se alimentando do pão da vida.
Quando Marta pediu a Jesus que dissesse a Maria o que fazer, ela efetivamente O colocou como o cabeça da casa. A mesma coisa aconteceu várias vezes. Quando Jesus foi até a casa da sogra de Pedro, Ele imediatamente resolveu as coisas, curando a senhora enferma. Ela se levantou e lhes serviu de algo para comer e beber (Mateus 8:14-15). Quando Ele foi à uma festa de casamento, Sua mãe ordenou aos servos que fizessem tudo o que Ele dissesse, fazendo-O Senhor da casa para a qual Ele havia sido convidado. Ela não imaginava que Ele pudesse transformar água em vinho, mas na sua própria casa eles sempre procuravam por Jesus e Ele sempre sabia o que fazer. Jesus foi ao casamento em Caná como convidado, mas Ele providenciou o vinho, o item principal da festa, e Ele se tornou o anfitrião, pois o anfitrião sempre provê o vinho (João 2:1-10).
Convide-O para entrar
Sempre que você faz algo para o Senhor, Ele faz algo por você. Ele come com você e você come com Ele. O Senhor falou após Abraão tê-Lo servido: “Abraão, Eu sou a sua grande recompensa”(Gênesis 15:1). Qualquer coisa que você planeja fazer para o Senhor, Seus planos são te retornar multiplicadamente. Jesus disse em Mateus 19:29 que, se renunciarmos a nossa família ou nossa terra, vamos receber cem vezes mais. Convide-O para comer alguma coisa, e Ele se torna o anfitrião trazendo boas coisas que vão além da escala humana de dar. Ele virá com receitas, comida e delicias, “muito mais do que aquilo que pedimos ou imaginamos” (Efésios 3:21).
Aqui está o ponto crucial da questão, uma verdade espantosa. O poderoso Deus se inclina para pedir algo de nós. Para a mulher Samaritana Ele disse: “Dá-me água para beber” (João 4:7). Mas Ele não invade o nosso espaço, nossa casa, sem ser convidado, Ele se coloca à porta e bate: “Posso entrar e ceiar com você?” Ele está sempre perto da porta. Para servir ao Senhor, Abraão matou o bezerro mais cevado no rebanho. Abraão tratou seus visitantes celestiais com o melhor que tinha, e não se considerou digno o suficiente para comer com eles. Na parábola do filho pródigo, o pai matou o seu bezerro mais gordo para comemorar o retorno do seu filho (Lucas 15:17-32). O pai tratou este perdulário como um filho, como Abraão tratou a Deus! Imagine isto! Que banquete este filho pródigo teve! Quando um pecador se arrepende e volta para a casa do Pai, este pecador tem a maior recepção possível, digna de um principe.
Em nenhum lugar lemos que temos que perseguir ao Senhor como se Ele estivesse fugindo de nós. O Senhor é o Bom Pastor procurando por nós. Ele nos persegue, batendo à nossa porta. Praticamente antes mesmo de começarmos, o Senhor, que está pronto a nos dar além daquilo que pensamos, vem de encontro aos nossos esforços.
Deus não procura por adoradores, mas Ele procura por aqueles que já O estão adorando. Esta é a diferença. Ele não angaria adoradores, colocando anúncios sugerindo um papel na vida. Ele procura por aqueles que já O estão adorando, ou que tenha um coração desejoso. Ele os encontra, os ama e os abençoa.
Produzindo Fruto na Estação
Um dia Jesus estava com fome e chegou a uma figueira que balançava folhas secas, desperdiçando o solo em que estava enraizada. Cristo ordenou que a planta morresse, e na mesma hora ela começou a definhar (Mateus 21:18-19).Cristo estava com fome. A Divindade procurava por fruto. De modo interessante, Jesus falou dos Seus discipulos como ramos da videira (João 15:1-17). Se les são infrutíferos não trazendo frutos para Ele, eles serão cortados fora. Nós lemos sobre o fruto do Espírito. Deus está procurando por aquele tipo de fruto, aquela dieta, se quiser, vegetariana! Como o Salmos 1:3 diz, deveríamos ser como “a árvore que dá o seu fruto na estação própria”.
O fruto que agrada a Deus é citado em Gálatas 5: 22-23: “amor, alegria, paz, paciência, longanimidade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio”. Os primeiros três – amor, alegria e paz são qualidades que gostamos em nós mesmos. Nossa paciência, longanimidade, benignidade beneficiam famílias e amigos, enquanto que fidelidade, mansidão e domínio próprio abençoam a sociedade.
Isto é o que Deus quer, como Ele falou tão frequentemente através dos profetas de Israel. Eles se tornaram uma vinha sem frutos. Provérbios 12:12 nos diz que: “a raiz dos justos produz o seu fruto”, mas eles mostraram somente religião. Deus queria integridade. Eles eram como a figueira que Jesus amaldiçoou, somente aparência, disfarce de piedade, e que usavam máscara. Deus queria o genuino, aqueles cujas faces eram deles mesmos, e não um disfarce colocado para cobrir um espírito egoísta.
Devemos ter no nosso coração que Cristianismo não é “me abençoe, abençoe a minha familia e a minha igreja”. O pedido do filho pródigo foi: “Pai, dá-me...!” (Lucas 15:12). E foi isto que o Pai fez. Então quando o jovem se livrou da vida sem dinheiro e esfarrapada, seu pai lhe deu o melhor que tinha. Quanto temos da natureza do filho pródigo em nós? Somos os “dá-me”, ou temos o grande coração e espírito generoso do pai da parábola? Cristo vem prontamente ceiar conosco, se quisermos, mas o que temos em nossa mesa para Ele?
O Senhor É Nosso Convidado
Agora, vamos olhar um outro cenário em que o Senhor nos serve. Essa é a marca identificadora de Deus. Ele é o Doador. Lucas 12: 35-37 já foi descrito como a maior promessa de Deus na Bíblia. O Senhor servirá seus servos que se assentam em Sua mesa. “Cingido esteja o vosso corpo, e acesas, as vossas candeias. Sejam vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram.” Ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá.” Como descrito pelo Senhor em Lucas 17:7-10, isso é a coisa mais rara e jamais vista. “Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou em guardar o gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já e põe-te à mesa?” Ele não preferiria dizer: “Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois, comerás tu e beberás?” É claro que é normal para um servo esperar por seu mestre, no entanto, em Lucas 12, o mestre espera pelo servo. Somente Jesus poderia ser tão gracioso para fazer isso! De fato, essa é a promessa precisa e maravilhosa: Ele faz o que normalmente nunca é feito. O mestre nos assiste, servindo-nos pessoalmente em sua mesa. Que maneira incrível de se tratar servos! Talvez em nosso século XXI não apreciamos quão grande privilégio isso é. Hoje, Jack é tão bom quanto seu mestre, mas, há um século atrás, havia um grande abismo que separava o mestre de seu servo, e até mesmo servos de alto e baixo escalão. Nas grandes casas dos senhores e senhoras, os servos de baixo escalão jamais deveriam ser vistos pela família em seus aposentos. Somente os servos de alto escalão podiam chegar perto dos senhores e senhoras em suas grandes mansões. Uma aristocrata não permitiria que ninguém, exceto o melhor servo, trouxesse a ela qualquer coisa. Uma madame tocaria o sino para que um servo, três ou quatro andares abaixo, subisse as escadas para pegar seu lenço ou livro que caira no chão. Quando Cristo sugeriu que um senhor supremo esperasse na mesa por seus servos, foi o suficiente para chacoalhar qualquer um. Por quê? Isso não era nem correto! Mas isso é o que Cristo prometeu: que seríamos Seus convidados!
Grandeza Encarnada
Algumas vezes, penso que não valorizamos a atitude amigável e cuidadosa do Senhor para conosco. Entre os religiosos, qual Deus jamais foi retratado como sendo assim? Para nós, é muito comum e nem damos tanta importância a isso ao lermos ou cantarmos o Salmos 23:5. “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários.” Segundo a Bíblia, isso é normal, mas em nenhum outro lugar do mundo é assim. Imagine só, a cozinheira sentando na mesa preparada pelo Senhor do palácio, que cozinha para ela e até espera por ela. Bom, o que é desconhecido no mundo é normal com Deus. Então, os versículos em Lucas refletem duas situações apresentadas em Apocalipse. Somos os anfitriões e Ele é o convidado e, após, Ele é o anfitrião e nós somos Seus convidados. Essa era a verdade por trás do sacrifício Divino. Isso foi revelado aos discípulos, porém não em um tipo de visão cósmica que enchia o céu de glória. Tudo aconteceu em um quarto muito simples. Nesse quarto, os Judeus, Seus discipulos, mantiveram a tradição nacional da Páscoa. Algo, além de qualquer invenção humana, aconteceu. Uma pessoa que passava pela rua nunca saberia que o que estava acontecendo era um ato de grandeza; um quarto quieto, à noite, aceso por uma pequena chama de uma lâmpada a óleo, mostrava a sombra de 13 homens entre quatro paredes. Lemos que, na noite em que foi traido, o Senhor Jesus pegou o pão e disse: “Este é o meu corpo partido por Ti.” AEntão, após o jantar, ele tomou o cálice e disse: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue” (Lucas 22:19-20, 1 Coríntios 11:23:25). Algo, maior do que os ensinos religiosos, acabara de entrar no mundo. Deus havia vindo a nós, para ceiar conosco e nós com Ele, demonstrado através de uma das atividades humanas mais fundamentais: comer e beber.
Lembrança de um Ato Poderoso de Deus
Jesus fez outras duas menções acerca de comida e bebida, as quais foram compartilhadas durante a ceia de Páscoa. Primeiramente, Ele disse: “Pois vos digo que nunca mais a comerei (Ceia de Páscoa) até que ela se cumpra no reino de Deus. (Lucas 22:16) Observe a palavra “se cumpra”. Naquele momento, Jesus estava começando a cumprir a Páscoa, como o Cordeiro Imaculado de Deus. A Páscoa, tradicionalmente, olhava para o Êxodo, mas Jesus olhava para frente… para o Reino de Deus. O cordeiro da Páscoa era comido em memória de um ato poderoso de Deus, mas agora, Jesus o substitui fazendo menções acerca de Si mesmo: “Fazei isto em memória de mim”. (Lucas 22:19) O drama histórico de Israel deixando o Egito, era a melhor história que Israel conhecia; no entanto, Jesus Cristo mostra que isso somente pronunciava um evento ainda maior: o Seu próprio ato de libertação. Moisés forjou salvação para doze tribos, mas Cristo comprou salvação para todas as nações da terra. Um grande poder estava por trás do Êxodo: o poder do próprio Deus. Mas todo aquele poder, e muito mais, estava por trás da obra de Deus em Cristo no Calvário. Em comparação, o cordeiro Pascoal e o triunfo de Moisés no Egito foram reduzidos a alegoria – um tipo e prenúncio do triunfo de Cristo sobre o pecado e a morte. Ele não foi o cordeiro escolhido por um homem para sua família, mas sim o Cordeiro de Deus entregue pelas famílias de toda a humanidade.
O Cumprimento Final
A segunda menção de Jesus foi: “Não mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”. (Lucas 22:18) Precisamos observar que há mais do que uma chegada do Reino. Apesar de Jesus ter nos dito para orar: “Venha a nós o Teu Reino” (Lucas 11:2), Ele disse que o Reino de Deus já havia chegado (Lucas 11:20). Ele venceu a morte, derramando Sua vida no Calvário para depois reavê-la na Ressurreição, assim como disse que o faria. (João 10:18) Esse estupendo ato de Deus trouxe uma nova manifestação do Reino. Quando Jesus disse que Ele não beberia mais do fruto da videira até que viesse o Reino de Deus, Ele estava ansiando pela vinda do Reino quando ressuscitasse dentre os mortos. Assim como todas as verdades do Reino, isso tinha um cumprimento presente e futuro. O cumprimento final será quando Jesus voltar em poder e glória do Seu reino eterno; porém isso tem também um cumprimento no presente. Nosso Senhor Jesus está conosco ao participarmos da Ceia do Senhor. É uma ocasião como a que Ele prometeu em Apocalipse 3:20: “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.”
Riquezas Inesgotáveis
A mesa da Comunhão com o pão e vinho não é um mero sacramento, um momento espiritual ou religioso, mas é um símbolo da nossa ceia com Ele. Isto lembra a nossa oração: “O pão nosso de cada dia nos dá-nos hoje” (Mateus 6:11). As riquezas de Cristo, toda a Sua bondade, bênçãos, alegria e realidade, vêm até nós somente Nele. Comer um pedaço de pão e tomar um gole de vinho na Mesa do Senhor leva um breve momento, no qual podemos perceber Sua proximidade, que não é uma experiência passageira, pois ela nos lembra quem Ele é. Nós abrimos a porta para Ele e ceiamos com Ele. Não precisamos bater no portão do céu implorando por pão. Ele vem e bate à nossa porta, trazendo Consigo a comida, e a promessa e privilégio de comer com Ele.
Voltando ao nosso versículo em Apocalípse, lembramo-nos que isto era para a igreja em Laodicéia. O ardente amor que tinham por Deus havia esfriado, pois se tornou apático e morno. Embora Cristo não suportasse pessoas mornas e ameaçou vomitá-las da Sua boca, o que Ele não recusaria era o amor verdadeiro; o fruto do Espírito. Sua repreensão, disse-lhes, eram sinais do Seu amor (Apocalípse 3:19) e, para ajudá-los a resolver a situação, Ele lhes daria ouro refinado no fogo, vestes brancas, bálsamo para o olho (Apocalípse 3:18) e ainda a oportunidade de sentar à Sua mesa e ceiar com Ele. As riquezas inesgotáveis da Sua graça estão à nossa disposição quando nos abrimos para Ele.