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Cristo para Todas as Nações
Jesus chamou e confiou em doze homens, filhos de trabalho difícil, alguns deles quase camponeses, para providenciar o primeiro elo vital entre Ele e a poderosa igreja por vir.
O segredo de Cristo era a capacitação pelo Espírito Santo no Dia de Pentecoste.
Os doze discípulos eram qualquer coisa menos super-homens. Como Jesus escolheu Seus discipulos? Em Lucas 6:12-17 lemos: “Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor. E, descendo com eles,…”
Jesus orou “a noite toda” antes de selecionar os Seus discípulos. Comumente, pensa-se que durante a noite, Deus colocou o nome de cada apóstolo, um a um, na mente do Senhor – “Bartolomeu, Mateus, Tadeu…” – e que o Senhor fez uma lista dos personagens divinamente indicados e aprovados. Talvez Ele tenha gastado uma hora em cada um deles, para confirmar que havia feito a escolha certa. “Ele orou por toda a noite”, o que significa, dizem os entendidos, doze horas: uma hora por cada apóstolo.
Agora, eu ouso perguntar, foi realmente aquilo que Ele fez? Pedir por direção para escolher homens com a capacidade e potencial certos, cuja grandeza Deus podia ver de antemão? Eles deveriam ser pessoas a quem um crítico de personalidade designaria para um alto cargo? Ou Jesus estava na realidade lutando contra uma tentação, por escolher homens cuja capacidade natural provaria serem adequados? Homens com qualidades distintas e nobres: o notável, o brilhante, o influente, o poderoso? Imagino que pode ter sido assim. Podem ter sido doze horas de oração lutando entre a maneira natural do mundo planejar sucesso, designando homens talentosos, e a maneira de Deus. O método divino, por todo o Velho Testamento, era que Deus escolhia pessoas insignificantes, rejeitadas:
“e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;” (I Coríntios 1:28).
Pessoas Chamadas para Sua Obra
Jesus orou e voltou para selecionar os apóstolos mais improváveis – quase qualquer um. Ele deu de cara com jovens sem qualidades quaisquer a não ser os próprios traços do carácter humano: o impetuoso Pedro e seu irmão mais calmo, André, os filhos cabeça-quente de Zebedeu, o racionalista Tomé, o sociável Felipe e o desonesto Judas. Quando Deus escolhe, não é importante quem somos; o que Ele faz de nós é o que conta. Ele escolheu um improvável punhado de homens locais. Um ou dois foram selecionados somente por serem parentes. Tiago e João eram filhos de Salome, a qual se acredita ser irmã de Maria mãe de Jesus. Eles sempre O conheceram. Jesus passeou ao longo da praia onde, por acaso, estavam pescadores locais, e os chamou. Quase pareceu que Ele selecionou os primeiros jovens companheiros com quem se deparou naquela manhã.
Quando as pessoas “não são boas” na Alemanha, aqueles que constantemente falham nos seus esforços diários, nós os chamamos de: “zero à esquerda”. No entanto, esses são aqueles em quem Deus está especialmente interessado. Quando Jesus chama um “zero à esquerda” e este “zero” responde, logo perceberá que o Senhor é o “Número Um” e que, um “zero” perto de um “Um” é igual a DEZ! Em outras palavras: JESUS DÁ VALOR A CADA ZERO, CONTANTO QUE ELE SEJA O NÚMERO UM! O imprestável torna-se altamente valioso. Essa é a maneira com que Deus constrói o Seu Reino. Assim foi com os primeiros discípulos e assim o é hoje. Eu reivindico isso como meu próprio testemunho também.
O Segredo de Cristo
Há 2.000 anos atrás, o mundo era um lugar selvagem. Era um lugar de derramamento de sangue, paixões incontroláveis e um ódio fanático. Seus principais prazeres eram: imoralidade, idolatria, indulgência, e, o pior de tudo, a crueldade. As multidões consideravam-nos dias maravilhosos para sair e ouvir os gemidos das pessoas torturadas e moribundas. Os discípulos tiveram que levar o Evangelho àquele mundo, e o Evangelho centralizava-se na crueldade sofrida por Jesus.
Também foi lugar para muito aprendizado. A influência dos grandes pensadores gregos era forte e novas idéias eram avidamente procuradas. Os discípulos não ofereciam idéias, mas somente a estória de um Messias crucificado. Pedro, Tiago, João, Simão e Tomé não eram sofisticados e ignorantes; eles até falavam com sotaque Galileu, o que era exatamente o oposto de elegância da cidade. Que esperanças tinha o Cristianismo, deixado nas mãos de alguns rudes e incultos pescadores; homens com ciúmes uns dos outros e cheios de dúvidas?
Então, pensando nesses homens e no seu mundo desde o início, o Evangelho parecia sentenciado ao fracasso. Doze homens locais que nunca haviam viajado 50 milhas nas suas vidas, deveriam ir por todo o mundo, o mundo Romano, conquistar exércitos vencedores, sacudir o imperador no seu trono e converter as tribos selvagens nas suas fronteiras. Sem dúvida, Jesus anteviu esses doze se tornando uma força mundial, mas Ele confiou em doze homens, filhos de trabalho difícil, alguns deles quase camponeses, para providenciar o primeiro elo vital entre Ele e a poderosa igreja por vir. O segredo de Cristo era a capacitação pelo Espírito Santo no Dia de Pentecoste. Bem, do que estamos com medo?